Durante os trabalhos deste fórum, organizado pelo Instituto Universitário de Estudos Africanos, Euro-Mediterrânicos e Ibero-Americanos da Universidade Mohammed V de Rabat; bem como o Centro de atrativos de Estudos Geopolíticos e Estratégicos, considerando o Marrocos um meio pelo qual se consolida a Iniciativa Atlântica à suas províncias do sul, o espaço geográfico, cultural e civilizacional, sendo um elo estratégico e  de profundidade africana,  e das regiões atrativas a nível continental e internacional.

Os intervenientes salientaram que o pacote de grandes obras e projetos estruturais lançados nas províncias do sul do Reino, graças as implementações e as altas directivas de Sua Majestade o Rei Mohammed VI, a título do projecto do Porto Atlântico, da auto-estrada Tiznit-Dakhla, e da criação de instituições universitárias, como núcleo sólido de iniciativas e projectos entre Marrocos e seu entorno continental.

A este respeito, o chefe do Centro de Estudos Geopolíticos e atrações Estratégicos, Mohamed Al-Kihal, em relação às referências da iniciativa marroquina com os países atlânticos e costeiros, meio para fortalecer a dimensão económica das regiões do sul do Reino, integrando projetos nos oceanos Atlântico e costeiro, tendo em vista as distintas relações políticas e económicas de Marrocos com os países da região.

O sr Al-Kihal acrescentou que, à luz das transformações geoestratégicas e mudança do mapa das alianças internacionais, o Marrocos recorreu à adopção de uma nova estratégia, baseada sobre a diplomacia económica e política, ligando a geografia económica à questão do Saara, à segurança e estabilidade na região do Sahel, tornando o Saara marroquino o pólo central desta iniciativa Atlântico. Promissora.

Por sua vez, o sr Abdelaziz Bardouane Al-Idrissi, professor de ensino superior da Faculdade de Direito de Mohammedia, afiliada à Universidade Hassan II de Casablanca fez referência na sua palavra ao projeto da estruturação do espaço afro-atlântico, dado impacto e do posicionamento estratégico do Atlântico como interface do Saara marroquino.

O Sr Al-Idrissi considerou que o espaço Atlântico transmite uma visão própria ,de  combinação das oportunidades e potencialidades do desenvolvimento, apesar dos desafios e constrangimentos que África enfrenta, no sentido de transformar este ambiente do Fórum Africano num Espaço Atlântico, sob uma visão única e essencial e de defesa dos interesses comuns da África.

Por sua vez, o sr Abdelali Benelias, professor de ensino superior na Faculdade de Direito Souissi da Universidade Mohammed V de Rabat, tratou da questão do Saara marroquino, como espaço de cooperação e integração atlântica, onde os países africanos do Sahel e saara, detém disposições e medidas capazes de melhorar o nível da integração regional para toda África.

Para o Sr Benelias, ele sublinhou que Marrocos tem envolvido uma nova abordagem, visando à sua profundidade africana, as relações diplomáticas e políticas para com os países do continente, bem como a diplomacia económica promovida por visitas reais e dos países africanos com os quais tiveram muitos acordos económicos, comerciais, políticos e de segurança.

Por sua vez, o professor investigador de história e diretor da Academia Toubkal de Investigação e Estudos Sociais, Rachid Chehmi considerou a centralidade histórica do Saara marroquino nas dimensões comerciais e diplomáticas entre o norte de Marrocos e a costa africana, envolvem três princípios básicos eixos dizendo respeito “à centralidade do Saara nas relações políticas entre Marrocos e África”. “O saara é o centro de ligação de comunicação comercial e económica”, bem como da sua “ centralidade dados laços religiosos entre o Norte e o Sul”.

Destacando, por outro lado a abordagem histórica, cujo Saara Marroquino um dos pilares da comunicação política, económica e cultural ligando centros a exemplo do Sudão Ocidental junto às cidades do Norte de África e dos países do Mediterrâneo Europeu, assim o Saara Marroquino detém uma posição  geográfica essencial, com um papel pioneiro na organização das linhas comerciais ao longo da sua  história.

Para o professor de estudos africanos e americanos (nos Estados Unidos) e ex-embaixador marroquino no Quénia, Mokhtar Gambo considerou esta análise científica, baseada sobre factos e dados históricos, culturais e geoestratégicos sustentadores da ideia que Marrocos um ponte estratégica entre o Atlântico Norte e o Atlântico Sul.

O sr Gambo destacou os sólidos alicerces da iniciativa real, da posição de Marrocos como primeiro investidor na África Ocidental, cujos meios são para integrar os países da região africana do Sahel e marítimos, nos grandes projetos continentais do Reino (economia azul, composição da educação, etc.).

Tal fórum, organizado em parceria com o Conselho da região de Dakhla-Oued Eddahab e a Escola Nacional de Comércio e Gestão de Dakhla, sob o título “O Saara Marroquino como património cultural e espaço de integração na África-Atlântica Ocean, e com base na visão real.”

Assim este encontro insere-se no contexto de acompanhar as transformações do Reino; tanto no quadro da regional, continental e internacional, através de esforços e engajamentos; capaz de antecipar as tendências e acontecimentos internacionais e regionais, as que  acompanham as interações geopolíticas do Reino; os acontecimentos, numa posição de Marrocos como potência regional cada vez em ascensão a nível continental e internacional.